#HangoutWithAPOYOnline - Lino Gracía Morales

Nosso primeiro #HangoutwithAPOYOnline é com Lino García Morales. Ele é professor da Universidad Politécnica de Madrid (UPM), recebeu um Ph.D. pela Universidade Técnica de Madrid (Espanha – 2006) e outro Ph.D. pela Universidade Europeia de Madrid (Espanha – 2011).

 

#HangoutWithAPOYOnline Lino García Morales

 

1) Acredito que uma pessoa tão consolidada e conhecida no campo da preservação como você dispensa apresentações, mas, gostaria que você comenta-se brevemente sobre sua trajetória a partir da sua própria visão e vivência:

O próprio Brandi desdobrou o objeto da restauração em duas partes interdependentes de acordo com sua função: a imagem, que funciona como aspecto, e o suporte, que funciona como estrutura (sem a qual a epifania da imagem não é possível). Acontece que a relação entre suporte e imagem, na arte das novas mídias, é extremamente peculiar, pois está na própria intersecção entre arte, ciência e tecnologia, com o agravante que os currículos de cada um dos dois campos do conhecimento sofrem das deficiências fundamentais do outro. Em outras palavras, ambos os mundos, o da imagem e o do suporte, embora altamente inter-relacionados (sem suporte, não há imagem), correspondem a um corpus de conhecimento tão complexo quanto diferente com pouca ou nenhuma interseção (de um ponto de vista curricular).

A minha formação científica e artística, no entanto, tem sido bastante híbrida, o que me permite uma abordagem mais objetiva ao suporte (que costumo chamar sistema-objeto) e uma interpelação mais subjetiva à imagem (a que costumo chamar objeto-símbolo). de uma perspectiva privilegiada, pelo menos livre dos preconceitos que crescem na periferia de ambas as disciplinas ou corpus de conhecimento.

 

2) Como você definiria o atual momento do campo da conservação e restauração latino-americano em poucas palavras?

Não tenho elementos suficientes para responder a essa pergunta. Pela minha experiência no Brasil, posso dizer que percebo uma abordagem mais aberta e sem preconceitos, menos fetichista, e também muita atenta a tudo que é publicado e feito no resto do mundo.

 

3) O que você espera para o campo da preservação latino-americano nos próximos 30 anos?

Espero que não seja necessário falar de preservação latina, mas que existam redes internacionais de colaboração e cooperação para proteger o patrimônio que pertence a toda a humanidade. Espero que os currículos universitários evoluam e se adaptem para lidar com a complexidade não apenas da arte atual (e de tudo o que veio antes dela), mas também dos próximos 30 anos. Espero que haja uma figura de Engenheiro da Restauração, que o Restaurador seja capaz de coordenar equipas transdisciplinares mais permeáveis ​​e menos compartimentadas, etc.

 

4) Você poderia indicar três publicações que nortearam a sua carreira dentro do campo da preservação?

Três livros são muito poucos livros, mas vou tentar. Sem dúvida, a publicação que mais me influenciou no campo da conservação foi a Teoria Contemporânea da Restauração de Salvador Muñoz Viñas. Depois de ler os “clássicos”, esta revisão é mais do que oportuna por sua clareza, sabedoria e rigor. Mas a maior parte da literatura que me ajudou a desenvolver a Teoria da Conservação Evolutiva vem da filosofia e da comunicação. Se tiver que escolher mais dois, prefiro The Language of New Media de Lev Manovich e On the New de Boris Groys. Gostaria de citar mais vinte ou trinta publicações, mas acho que essas foram as mais importantes.

 

5) Qual a mensagem para os jovens atuantes no campo da preservação você gostaria de deixar?

I would tell them, so as not to expand too much, to avoid dogma by all means and to educate themselves, always; that training is essential and never ends.

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