#HangoutWithAPOYOnline - Leah Bright

O #HangoutWithAPOYOnline deste mês é com a voluntária Leah Bright:

1) Acreditamos que uma pessoa tão consolidada e com tantos conhecimentos no campo da preservação como a Leah não precisa de apresentações, mas, por favor, comente brevemente sobre a sua trajetória desde sua visão e experiência:

Cresci em Fairbanks, no Alasca, e a minha infância girava em torno das artes e ofícios e de aprender como as coisas eram feitas. Tive a sorte de descobrir o campo da conservação depois de me ter licenciado em história da arte e em espanhol na University of Oregon, pelo que regressei à escola para ter aulas de química e arte como preparação para a pós-graduação em conservação. Licenciei-me em Winterthur/Delaware University com uma especialização em objectos e uma especialização em conservação preventiva em 2017. Depois de uma maravilhosa bolsa de estudos no National Museum of the American Indian (NMAI) do Smithsonian, tive a sorte de encontrar um emprego permanente no Smithsonian American Art Museum (SAAM), onde trabalho atualmente! Comecei a trabalhar como voluntária na APOYOnline em janeiro de 2017, durante o meu último ano de pós-graduação. Tem sido um privilégio conhecer tantos colegas de todo o mundo, e as minhas experiências com a APOYOnline ensinaram-me muito sobre conservação e preservação. O intercâmbio e as conversas interculturais podem ensinar-nos tanto sobre nós próprios e sobre as nossas profissões! 

2) Como define, em algumas palavras, o momento atual do sector da preservação latina?

Como alguém que não está na América Latina ou é de lá, não posso falar com precisão a respeito do assunto, mas nos Estados Unidos, o momento atual de preservação do património está mudando! Creio que este campo se encontra num momento de evolução importante e emocionante, com avanços na educação, mudanças de prioridades e gerações mais jovens questionando o status quo.

3) O que espera para o campo da preservação latina nos próximos 30 anos?

Penso que a conservação preventiva, incluindo a preparação e resposta a emergências, continuará a tornar-se cada vez mais central neste campo, à medida que as alterações climáticas ameaçam grande parte do nosso património. Espero que possamos continuar a colaborar e a trocar informações entre países e continentes para reforçar as capacidades nos EUA, bem como na América Latina. 

4) Pode indicar três publicações que nortearam sua trajetória na área de preservação?

Sempre adorei a cestaria e os materiais orgânicos em geral que fazem a ponte entre o homem e o mundo natural. “The Conservation of Artifacts Made From Plant Materials” de Florian foi um dos primeiros livros de conservação que mergulhei, sempre tenho um exemplar em minha mesa! Um mais recente, o artigo de Jane Henderson de 2020 “Beyond lifetimes: who do we exclude when we keep things for the future?”,   ressoou fortemente com a minha perspetiva pessoal de conservação e articula a forma como a preservação do património é, inerentemente, política. Outra publicação que me vem à mente é um artigo de 2012, de co-autoria da artista Nora Naranjo Morse, da conservadora do NMAI Kelly McHugh e da gestora de coleções Gail Joice e é chamado “Always Becoming.” Representa uma colaboração poderosa entre artistas, coleções e conservadores. 

5) Que mensagem gostaria de deixar para os jovens que trabalham na área de preservação?

O meu maior conselho é que seja fiel a si próprio e não tente ser outra pessoa! Sejam vocês próprios e sejam capazes de explicar porque é que a preservação do património cultural é importante para vocês, e encontrarão o vosso nicho nesta área.

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